O texto Educação e enraizamento: a fecundidade das raízes culturais na educação, de Miguel Almir Lima de Araújo, reflete sobre a educação e a importância das origens de um povo para esta educação, afim de uma nação mais crítica e transformadora.
No texto, o autor cita Dulce Critelli, que diz que a educação leva o indivíduo para fora. Segundo o autor há uma busca exterior, mas para isso há uma necessidade de compreender seu próprio lugar, aumentando as fronteiras e os sentidos das descobertas.
Fala sobre W. Jaeger, o qual trata a educação como “consciência viva” da sociedade e Carlos Rodrigues Brandão que define educação como uma troca de saberes dentro desta mesma sociedade, além de mostrar historicamente que, na Grécia, educação e cultura estavam intimamente ligadas.
O
autor fala brilhantemente e cita autores que completam o raciocínio
sobre o chão que fortalece o indivíduo e a sociedade e sem ele ficamos
dependentes, inseguros e desarmados. O solo da gente, o lugar que nascemos, como diz o autor, é o fortificante para nossas vidas.
Cita
a nossa colonização e a educação jesuítica portuguesa. Uma cultura
estranha foi sendo imposta e os brasileiros foram se fragilizando diante
desta fragmentação cultural. Esta fragilidade, que dura até hoje, nos afastou de nós mesmos.
Quando o autor fala de pesquisas na região sisaleira, tristemente observa que a falta de um elo entre a cultura e a educação, pelo fato de terem deixado as raízes esquecidas; ao invés de criar um individuo pronto para novas fronteiras, com uma formação enraizada, cria um indivíduo temeroso em encontrar novos caminhos. Além disso, faz da escola um ambiente hostil e desconhecido.
No momento em que mostra aos alunos o verdadeiro valor das raízes culturais, do chão que pisam,
a origem e a força desta gente e integram isso tudo aos conteúdos,
começa a romper as correntes do preconceito e abrir os olhos para as
verdades e não para as imposições. O principal desta educação é o surgimento de indivíduos mais prontos para luta contra estas verdades absolutas falsas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário