segunda-feira, 11 de junho de 2012

De postagens em postagens, de trabalhos em trabalhos mais uma postagenzinha ligth ' O MEMORIAL DA MINHA VIDA ACADÊMICA' .....opa...vamos que vamos....

Memorando
 Eu sou Iara Bruna Alencar Silva, minha vida acadêmica teve inicio aos meus 4 anos de idade, em 1993 na Escola Municipal de Ensino Infantil Santa Rita de Cássia , mais conhecida como EMEI Santa Rita de Cássia  localizada em uma cidade do interior de São Paulo chamada Bocaina, minha primeira professora chamava-se Maristela, possuo poucas recordações dela, a escola a princípio para mim assim como para milhares de crianças, não foi um ambiente agradável, me lembro e minha mãe relatou a mim, que eu chorava muito então para que eu me acostumasse com o ambiente escolar mesmo chorando muito minha mãe sempre me deixava na escola e entregava a professora uma mamadeira com mingau e minha chupeta o que ajudava para acalmar a mim e a professora.
Com o passar dos dias fui me adaptando ao ambiente escolar e lá estudei ainda por alguns anos, como a escola é de Educação Infantil, estudei na EMEI Santa Rita de Cássia até o Jardim III, hoje conhecido como primeiro ano do ensino fundamental.
 Lembro que como todas as crianças adorava a hora do recreio, adorava brincar no parquinho que era bem legal, brincava muito no balanço, no gira-gira, mas nunca conseguia terminar o percurso do brinquedo da barra. Uma das brincadeiras que gostava de brincar também era no campinho debaixo de uma árvore bem grande que eu não recordo de que era, mas brincávamos muito com os baldinhos que os pais levavam para a escola e deixavam lá para nós brincarmos, era bem divertido. Ainda me recordo de alguns amiguinhos também que fiz no jardim e seguimos estudando juntos até minha saída de Bocaina, como Aline, Juliana, Apolo, Anderson e Gabriela, são os que me recordo.

Depois de minha passagem pela EMEI minha próxima etapa estudantil foi na Escola Municipal de Ensino Fundamenta Deputado Leônidas Pacheco Ferreira (incrível como em Bocaina os nomes das escolas são bastante extensos) hoje em Bocaina existem cinco escolas na zona urbana e uma escola na zona rural, quando eu morava em Bocaina existiam apenas três escolas e uma creche, estudei nas três escolas da cidade.  
Na escola Deputado Leônidas Pacheco Ferreira;  estudei de 1996 a 1999, ou seja, da 1ª a 4ª série do ensino fundamental, hoje do 2º ao 5º ano. O meu ensino fundamental foi um tanto retraído, era uma criança muito tímida, como a escola era grande e havia muitas crianças maiores juntas brincando todas ao mesmo tempo tinha muito receio de brincar na hora do intervalo, geralmente ficava sempre no banco,  sentada esperando o intervalo acabar para em fim eu voltar para a sala de aula, e assim foi até a terceira série.
Já na quarta série na fase em que as crianças já querem ser adolescentes e começam com as paquerinhas, tive alguns probleminhas e a escola, a gestão e os professores junto com os meus pais ajudaram no processo de resolução. Havia na escola certo garoto que era bem maior do que eu e dizia a todo o momento que queria namorar comigo; eu que já era uma criança tímida me sentia oprimida por este garoto, o maior problema de todos não era ele dizer que queria namorar comigo, era ele me agredir porque eu não queria namorar com ele, esse foi um grande problema pra mim naquele ano. Como eu tinha muito medo dele e ele só me via na hora do intervalo e na saída, deixei então de sair da sala de aula na hora do intervalo, a sala onde eu estudava ficava no porão da escola, adaptaram o porão e fizeram salas de aula e uma biblioteca, minha professora observou que eu não queria mais ir ao recreio e conversou comigo, foi então que a gestão da escola também agiu. Contei a diretora, a professora e aos meus pais, a direção o chamou para conversar, chamou os seus pais e eu comecei a sair novamente ao recreio porque lhe foi advertido que se ele chegasse perto de mim ele seria expulso da escola. Meu pai então começou a me levar até a escola, foi falar com os pais deste garoto, ai então ele deixou a mim em paz.
Após minha passagem pela escola Deputado Leônidas Pacheco Ferreira, fui estudar na Escola Estadual Capitão Henrique Montenegro, que oferecia o Ensino Fundamental II e o Ensino Médio, é uma escola até os dias de hoje muito organizada, a estrutura da escola é igual às de escolas particulares que temos hoje aqui em Petrolina mesmo, o ensino oferecido também é considerado muito bom, em Bocaina não existem escolas particulares, mas as públicas que existem são de ótima qualidade.
Infelizmente estudei na EE Capitão Henrique Montenegro apenas a 5ª série do ensino fundamental II, quando era menor, criança sempre imaginava estudar nessa escola e quando em fim eu fui, passei o ano todo me preparando para deixar Bocaina, apesar de ter sido meu último ano em Bocaina dói um ano muito bom, deixei muitos amigos e trouxe muitas saudades. Bom na 5ª série eu continuei uma criança quieta, que ainda não gostava de ir aos recreios, então passava o recreio na sala, ou às vezes sentada sempre nas escadas.
O que mais gostava no Capitão era a diversidade de livros que eu podia pegar, adorava ler, apesar de ler diversos temas de livros; uma das professoras que marcou muito minha passagem foi D. Carmem, era assim que a chamávamos (em São Paulo não chamávamos professora de professora e sim de Dona, só os professores que eram chamados e professor), a D. Carmem era professora de Língua Portuguesa, nós tínhamos uma lista de livros que tínhamos que ler durante o ano, uma parte desta lista estava os livros de Monteiro Lobato era uma coleção de 21 livros que revisávamos por semana, cada um levava um livro por semana pra casa e lia, na outra semana fazíamos um rodízio dos livros assim todo mundo lia todos os livros, depois fazíamos provas destes livros, muitas vezes as provas eram orais, mas era muito bom ler os livros de Monteiro Lobato, eu viajava dentro dos livros. 
Outra professora que me marcou foi D. Andréia de matemática, eu tinha muita dificuldade em matemática e ela conseguiu perceber minha aflição logo no início do ano, com toda paciência me ensinava a tal matemática, jamais vou esquecê-la, infelizmente o trabalho que ela realizou não foi o suficiente pra que eu gostasse de matemática, mas ela sempre será lembrada por mim.
Depois desse ano em 2001, meus pais decidiram voltar para Petrolina, e então iniciou uma nova fase acadêmica em minha vida.
Comecei a estudar em uma escola no Bairro Cohab VI, mais precisamente na Escola Estadual Jornalista João Ferreira Gomes, cursei da 6ª a 8ª série do ensino fundamental II hoje 7º ao 9º ano, no começo foi bastante difícil por diversos fatores, o primeiro fator foi a adaptação ao clima nordestino,  acho que foi o que contribuiu pra o despertar da minha agitação, o segundo fator foi o sotaque, na escola os colegas brincavam muito com o sotaque paulista, me chateava bastante, mas fui aprendendo como lhe dar com essas situações e aos poucos passei a não ligar, a estrutura da escola também me espantou um pouco quando eu cheguei, porque a escola de Bocaina era bonita estruturalmente e quer queira que não queira a aparência chama muito a atenção principalmente de crianças e nessa etapa eu estava com aproximadamente 12 anos.
No ano de 2003 comecei a conciliar a escola com o trabalho, comecei a trabalhar em uma escolinha no bairro mesmo como ajudante de classe,  comecei como um passa tempo, meus pais não queriam mas insisti tanto que meus pais acabaram cedendo, anos depois que vim me arrepender por não ter ouvido meus pais, mas ai já era um pouco tarde.
Estudei na escola Jornalista João Ferreira Gomes até a 8ª série, sempre fui uma boa aluna com dificuldades em disciplinas exatas principalmente matemática, tanto que na oitava série fui parar na avaliação final, o meu professor de matemática nessa escola, que começou a ensinar a mim marcou bastante minha trajetória acadêmica, embora eu não sinta muita simpatia com matemática o modo como o professor ensinava me marcou, o professor mantinha um modelo tradicionalíssimo de ensinar, era muitas vezes arrogante com os colegas, não tolerava nenhum tipo de indisciplina, mas eu gostava das aulas deles por que era a única em que a turma ficava quieta e prestava, ele não impunha apenas respeito, a alguns ele impunha temor, mas eu achava graça porque comigo e alguns colegas ele era muito simpático pois ele sabia reconhecer os alunos que realmente estavam ali com o interesse de aprender apesar das grandes dificuldades.
Outra professora que me marcou desde que cheguei aqui foi a de língua portuguesa que sempre me acolheu, quando os colegas começavam a “tirar onda” comigo por causa do sotaque, ela sempre pacientemente explicava a classe as diferenças linguísticas que existem no Brasil e que era necessário o respeito dos colegas, desenvolvi por essa professora que se chama Oneide um grande afeto. Ela sempre valorizava nossas produções textuais, nos corrigia com muito carinho, sempre muito amável que também tinha o respeito de todos. Uma professora que sempre estará em minhas lembranças. Assim seguiu até a 8ª série.
Quando estava no 1º ano do ensino iniciei ainda nesta escola, a única professora que me recordo bem, foi professora de literatura, que me ensinou a gostar realente da Literatura Brasileira, ela sabia nos encantar e nos envolver, depois passei para a escola Osa Santana de Carvalho que fica localizada na Cohab Massangano, hoje é uma escola modelo. Estudei o 2º e o 3º ano do ensino médio no Osa, foi uma temporada tranquila, alguns professores também se destacaram na minha vida acadêmica como a professora de física, de matemática (por incrível que pareça, ela consegui fazer com que eu me apaixonasse pela matemática do terceiro ano, mas só a terceiro ano mesmo, apesar do déficit por consequência dos anos antecessores, consegui entender aquela parte da matemática), o professor de química que me fez acreditar que eu poderia fazer uma faculdade de química tranquilamente, mas, ele estava enganado.
Ainda na escola Osa Santana, fiz a prova para ter acesso ao cursinho pré- vestibular Euclides da Cunha, que era realizado o mesmo estabelecimento, então eu estava lá de segunda a domingo, apesar do desgaste físico decorrente da semana, pois trabalhava pela manhã, ia para a escola a tarde e as vezes ia para a aula de voz a noite, eu gostava muito de estar lá.
Conclui o ensino médio em 2006, tentei o vestibular para Pedagogia na UPE, e Psicologia na Univasf e não fui aprovada, então comecei a estudar em casa pra fazer a prova de seleção no fim do ano novamente, mas não tentei para as mesmas opções, por insistência do meu pai e pela ilusão de que me sairia bem cursando química, fiz o vestibular do Instituto Federal de Educação e Tecnologia então, fui aprovada. O desespero da minha vida começou então, no primeiro semestre da faculdade pensei que estava indo bem, fui aprovada nas matérias que logo de inicio achei que ira reprovar, Fundamentos da Matemática, mas passei, foi um grande alívio, o susto veio quando por 0,3 décimos fui reprovada em fundamentos da química, o que me revoltou muito e me entristeceu bastante também, pensei em desisti logo no primeiro semestre, mas continuei.
No segundo semestre foi a vez de Cálculo I entrar na minha vida, mas não consegui acompanhar, eu e trinta pessoas reprovaram em cálculo I, ai o curso bagunçou de vez, consegui pagar a disciplina que havia perdido no primeiro semestre, mas sempre que pagava uma perdia outra, ou perdia duas.
Quando cheguei a 5º período, estava devendo algumas disciplinas o que me levaram a ficar um tanto desesperado com medo de não conseguir concluir o curso, mas ainda assim cheguei ao sexto período, quando em fim resolvi prestar novo vestibular, pois estava ficando muito deprimida e angustiada cursando algo que descobri que não me identificava, a parte da química era legal, mas os cálculos e as físicas não me ajudaram muito.
Resolvi então tentar o que eu realmente me chamava a atenção;  pedagogia, fiz então, minha inscrição no processo seletivo da Uneb, que graças a Deus fui aprovada e  me identifico com o curso e o que me tranquiliza também é saber que não perdi nenhuma disciplina até agora.
Minha vida acadêmica não tiveram grandes emoções mas me mostrou aonde posso fazer a diferença na educação, sou uma pequenina parte que faz e está tentando ser o diferencial no campo educacional, sei  que não posso mudar o mundo com minha contribuição na educação, mas se puder mudar minha sala de aula, ou uma  parcela dela, todo esforço já valeu a pena.  

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